
Band 120 anos: Sandro Ricardo Gracher Baran
“Vários e vários atletas que foram surgindo no esporte em Brusque vieram a nascer aqui no Bandeirante. Até porque aqui era um dos únicos clubes da cidade que tinha essa peculiaridade de fomentar o esporte e formar atletas. Brusque é um laboratório enorme de atletas a nível estadual e a nível nacional. Então, a referência e essa sinergia entre clube e cidade fez com que o clube se tornasse uma referência do esporte estadual e também nacional” Em comemoração aos 120 anos da Sociedade Esportiva Bandeirante, a entrevista de hoje traz o empresário e atleta Sandro Ricardo Gracher Baran (51), que recorda os principais feitos de sua gestão entre os anos de 2006 a 2010. O ex-presidente também conta um pouco sobre o relacionamento de sua família com o clube e como mantém acesa a chama do esporte. Confira neste bate-papo realizado no dia 30 de maio. Quais os principais marcos da sua gestão para o clube? Toda a minha infância e minha juventude eu usei e aproveitei o clube. Então, muitas das coisas que eu tinha vontade de fazer, ou vontade de ter um dia aqui no clube, eu procurei colocar em prática quando fui presidente. De situações que eu acreditava que poderia melhorar a convivência, ouvindo outros associados e amigos. Então, o marco principal que eu vejo no início da nossa gestão foi uma mudança de paradigmas, uma reorganização e um replanejamento para o bandeirante do futuro, que a gente chamou de Projeto Renovação. Então a gente contratou uma consultoria esportiva focada em encher as prateleiras do clube, oferecendo o conhecimento de grandes clubes como o Pinheiros, ABBs do Brasil, Paineiras do Morumbi em São Paulo, clubes da cidade de Minas Gerais e de clubes de todo o Brasil. E o que é a prateleira de um clube? São as opções esportivas e sociais para o associado. O nosso grande marco foi a quebra de paradigmas e a mudança para uma gestão mais atualizada. De que forma o Bandeirante contribuiu para a sua própria história e de sua família? Olha contribuiu muito. Eu estava terminando minha faculdade de Administração com especialização em marketing e naquele momento o Bandeirante foi uma forma de entender administrativamente como tocar uma empresa sozinha, de uma maneira totalmente diferente na empresa que eu atuava. E logicamente isso reflete no teu ambiente familiar. Porque todos os meus filhos e a minha esposa são frequentadores do clube. Eu aprendi muito a escutar as pessoas e ter paciência, ter o principal objetivo de ouvir mais, ser mais democrático e pude aprender. Em resumo a gestão me fez ver todo um ângulo diferente, da maneira de viver, da maneira de orientar e da maneira de conduzir uma empresa como é. Como é a relação da sua família com o esporte? Nossa família sempre foi muito voltada ao esporte. Desde sempre fui muito atleta, gosto de jogar futebol e jogar tênis, depois comecei a jogar o beach tennis. Sempre gostei de ver coisas novas e aprender coisas novas dentro do esporte. Eu comecei a jogar tênis com 6 anos de idade, joguei por muito tempo a nível tanto amador quanto profissional. Atingi grandes objetivos, fui campeão dos Jogos Abertos e de outros campeonatos também. Foi uma época muito importante. E aí entrou a geração dos meus filhos, Ana Carolina e o André, que foram grandes atletas do tênis e conseguiram usufruir muito bem dessa educação esportiva que nós pudemos passar para eles e automaticamente vieram a representar também o clube, obtendo grandes resultados como tenista a nível estadual nacional e mundial. Como o senhor avalia a trajetória do Bandeirante ao longo dos anos, considerando que a história do clube se mistura com a história de Brusque? Falar de Brusque e não falar do Bandeirante é difícil. Por que a respiração do esporte nasceu no Bandeirante. O pai dos jogos abertos, Arthur Schlösser saiu daqui. Foi aqui que foram os primeiros jogos abertos. Vários e vários atletas que foram surgindo no esporte em Brusque vieram a nascer aqui no Bandeirante. Até porque este era um dos únicos clubes da cidade que tinha essa peculiaridade de fomentar o esporte e formar atletas. Brusque é um laboratório enorme de atletas, então, a referência e essa sinergia entre clube e cidade, graças ao Arthur Schlösser que trouxe os Jogos Abertos para cá, automaticamente fez com que o clube se tornasse uma referência do esporte estadual e também nacional. Qual a sua relação com o clube hoje? Pelo menos cinco dias na semana eu estou no clube. Eu faço academia, corro, jogo beach tennis, futebol, participo dos grupos de feirinos. Aqui continua sendo minha segunda casa, falo a segunda porque a primeira é onde eu durmo, mas se botar na carga horária ela fica bem próxima entre clube e casa. O desejo do Bandeirante, ao comemorar 120 anos, é ser a segunda casa dos seus sócios. Em qual espaço o senhor se sente mais em casa? Eu adoro o clube todo, mas eu tenho um carinho muito grande pelo tênis. É o meu esporte número um, digamos assim, onde tudo aconteceu e as recordações são muito grandes.